Há uma área muito importante de verdade identificativa em Romanos 6 e 7, que não pode ser ignorada.
Cada cristão, que tem o coração faminto, anseia em consagrar-se de maneira completa e estar em condições para uma vida e serviço eficientes. E desde o começo, até que a dura experiência lhe ensine o contrário, o bem-intencionado crente acha que, estando pronto a obedecer a Deus e a ser o que Ele pretende, deve se esforçar em executá-lo através de um esforço pessoal de consagração com a ajuda dEle. Ele procura lutar, avançando pela via da motivação “o amor”, isto é, Ele fez por mim, por isso eu devo fazer por Ele.
"Um conhecimento superficial dos planos de Deus leva ao pensamento de que, sendo a justificação obra de Deus por meio da fé em Cristo, a santificação (crescimento) é obra nossa, a ser executada sob a influência da gratidão que sentimos pela libertação que experimentamos, e com a ajuda do Espírito Santo”, dizia um pensador americano. Mas o cristão mais sincero logo descobre como a gratidão é fraca para fornecer o poder.

Quando pensa que mais oração vai resolver, descobre que, ainda que seja indispensável, a oração não é suficiente. Muitas vezes o crente luta desesperadamente durante anos, até que ouve o ensino do Espírito, que glorifica Cristo novamente e O revela como nossa Santificação, a ser apropriada tão somente pela fé".
"Deus opera em nós o 'querer' e está pronto para operar em nós o 'realizar' (Filipenses 2.13), mas, que pena! muitos crentes interpretam-no mal. Pensam que tendo a vontade (o querer), já basta, e que por isso estão preparados para o 'realizar'. Não é assim. A nova vontade é um dom permanente, um atributo da nova natureza. O poder para agir não é um dom permanente, mas tem de ser recebido, momento por momento, pelo Espírito Santo. O homem que estiver cônscio de sua própria impotência como crente é que aprenderá que, pelo Espírito Santo, ele pode viver uma vida santa". De vez em quando alguém é convocado para falar contra algo que é bom, para apresentar o que é melhor sob o ponto de vista divino. O amor como motivação da vida cristã e para o serviço do Senhor é coisa boa, elevada, mas não é adequada — especialmente porque não é a motivação subscrita por Ele.
Como crentes que estamos crescendo, já é tempo que vejamos a necessidade de ultrapassar a motivação do amor pela motivação da vida. "Porquanto, para mim o viver é Cristo" (Filipenses 1.21a). Nossa consagração, submissão, ou entrega, jamais persistirá se for a resposta que Lhe dermos, partindo de qualquer outra motivação que não seja a da Sua vida em nós. Submeter-se-Lhe sobre qualquer outra base, será simplesmente mais uma tentativa fútil de vivermos para Ele na energia da carne. E mesmo que isso fosse possível, Ele jamais poderia aceitá-lo, pois é nesse reino que não habita bem nenhum (Romanos 7.18 “Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum; com efeito o querer o bem está em mim, mas o efetuá-lo não está”); além do fato de que Ele já levou à cruz a velha vida e a crucificou (Romanos 6.6; Gálatas 2.20; II Timoteo 2.11; I Ped. 2.24).

"O ensino atual sobre a consagração, que é equivalente à consagração do 'velho homem', procura passar por cima da sentença de morte e, portanto, leva apenas à frustração e ao fracasso. Quando, entretanto, você e eu estamos preparados, em sincera humildade, a transformarmos o FATO de nossa morte com Cristo em nossa base diária de vida e serviço, nada poderá impedir o surgimento vital e o consequente jorro da vida nova, para dessedentarmos as almas sedentas à nossa volta".
Eis aí o ponto crucial da questão. A pergunta é: Qual é a vida que Lhe deve ser consagrada, a velha vida do ego, ou a nova vida de Cristo?
Deus não pode aceitar absolutamente nada do velho — Ele vê e reconhece apenas aquilo que se centraliza no Seu Filho, que é a nossa Vida. Partindo daí, Deus só tem uma única condição para a consagração: "... oferecei-vos a Deus como ressurrectos dentre os mortos, e os vossos membros a Deus como instrumentos de justiça" (Romanos 6.13).
Essa é a nossa única base, e dessa base temos de nos considerar mortos para o pecado, para o ego, para a lei, para o mundo, e vivos para Deus em Cristo Ressuscitado — para andarmos em "novidade de vida", "vivos para Deus em Cristo Jesus" (Romanos 6.11).

" 'Oferecei-vos a Deus como ressurrectos dentre os mortos' (Romanos 6.13). Esse é o verdadeiro lugar da consagração. Para os crentes, 'consagrar-se a Deus' antes de terem tomado consciência de sua união com Cristo na morte e na ressurreição (identificação), seria apenas apresentar a Deus os membros do homem natural, os quais Ele não pode aceitar. Apenas aqueles que estão 'ressurrectos dentre os mortos' — isto é, aqueles que se apropriaram completamente de sua semelhança com Ele na morte — são convidados a apresentarem seus membros como instrumentos para Deus" – J.P.L.

"Deus nos pede que Lhe apresentemos nossos corpos como sacrifícios vivos diante dEle (Romanos 12.1). Até que o façamos, não há nada mais que possamos fazer. Observe que essa exortação vem depois de Romanos 6.
Há um motivo para essa ordem — a crucificação vem antes da consagração. O ego não crucificado recusa-se a ser consagrado. Eis por que tanta gente, com toda a sinceridade, vai à frente tantas vezes, consagrando a Deus o ego não crucificado". — H. Duncan.
Eis por que as verdades relacionadas com a identificação precisam ser apresentadas com todo o cuidado e de modo completo, para que sejam finalmente compreendidas e para que a sua realidade seja realmente experimentada. Nem sequer podemos nos aproximar da consagração sem elas!
As verdades não são periféricas; são fundamentais. "O capítulo seis de Romanos não é apenas um aspecto da verdade, mas a verdade fundamental sobre a qual cada crente tem de permanecer para conhecer tudo sobre a vitória". — DeV Fromke
"Todas as verdades (da identificação) que temos aprendido a respeito da cruz, sobre a nossa morte com Cristo, nossa morte para o pecado com Ele, sobre a nossa semelhança com o grão de trigo que, caindo na terra, morre — todas são um preparatório para a vida vitoriosa. São o fundamento dela e são elementares à mesma". — J. P. L.
"Um cuidadoso estudo de todas as Epístolas de Paulo mostrarão que foram escritas sobre a base da cruz apresentada em Romanos seis — o fato de que Deus entrega à cruz a velha e decaída vida adâmica, e nada tem para lhe dizer. Deus lida com todos os crentes na base deste princípio — 'Em Cristo você morreu'. Mas a Igreja de Cristo, como um todo, ignora este fato. Trata a criação decaída (a vida do ego) como se fosse capaz de melhorar, e o significado da cruz que leva à morte a velha raça adâmica decaída além de reparação, fica assim nulificado".  — Fromke

PS.: Texto extraido do Livro "Cartas Verdes - Semeadores" 



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Sou geração eleita, sarcedócio real, nação santa, homem de propriedade exclusiva de Deus, para que anuncie as grandezas daquele que me chamou das trevas para a maravilhosa luz. (1Pe 2.9)

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