O
que tenho visto nos dias de hoje entre os cristãos é uma chamada “arte
perdida”. Essa arte faz parte de um primeiro amor com Deus que atualmente tem
sido esquecida por aqueles que já se acomodaram no caminho do Senhor. O
salmista nos lembra de alguma dessas artes contempladas em toda sua caminhada
de fé e adoração a Deus. São elas:
Salmos 48.9 “Ó
Deus, dentro do teu templo temos meditado no teu amor”. Quantos deixaram de contemplar a
presença de Deus em suas igrejas por esfriamento do primeiro amor? E quantos
são aqueles que pregam sobre serem igrejas de Cristo, mas em seu coração não a
nada além de um vazio e um engano?
Salmos 77.12 “Também meditarei em todas as tuas obras, e ponderarei teus feitos poderosos”. Quantos têm se limitados a pequenas obras? Alguns querendo apenas ser destaque no que faz e esquecem de que a honra é dEle e para Ele. As obras do Senhor não estão apenas no material, mas no espiritual. Ela não se limita no fato de fazer, mas no viver.
Salmos 11.15 “Medito em teus ensinos e observo teus caminhos”. Que ensinos? Que caminhos? Quantos meditam apenas no que querem e vivem apenas o que lhe trazem prazer e conforto? Que caminho é esse que te leva ao pecado no sábado e a igreja no domingo?
Salmos 119.148 “Mantenho-me acordado nas vigílias da noite, para meditar na tua palavra”. Quantos têm trocado uma noite de sono para meditar na palavra de Deus? Quantos têm se reunido em comunhão para contemplar as maravilhas do céu?
Para
o salmista, a meditação não era algo que ele fazia ocasionalmente ou em
momentos especiais. O salmista meditava dia e noite como diz a palavra em
Salmos 1.2, “bem aventurado é aquele que tem prazer na palavra do senhor e nela
medita de dia e de noite”.
Hoje eu quero encorajar a você a meditar em quatro tipos de contemplação.
1º NA MAJESTADE DE DEUS
A
primeira e maior forma de contemplar é admirar a majestade de Deus. Isto requer
um coração verdadeiro. O coração verdadeiro não precisa ser puro, pois ao
contemplar a majestade de Deus, Ele se encarrega de te livrar dos vícios e do
pecado, e além de fazer você enxergar a luz que há nEle, também te faz ascender
facilmente para as coisas celestes. Às vezes essa contemplação nos capta com espanto
e êxtase, somente por um momento, como foi o caso do apostolo Paulo, ainda Saulo,
ao encontrar com Jesus na viagem a Damasco (Atos 9.1-19).
2º NOS JULGAMENTOS DE DEUS
Um
segundo tipo de contemplação é necessário. Precisamos olhar os julgamentos de
Deus. Enquanto este julgamento nos causar medo, temeremos de fato à autoridade
de Deus e mandaremos embora os vícios, fortalecendo virtudes, introduzindo
sabedoria e projetando a humildade. E humildade é a verdadeira e sólida
fundação das virtudes. Pois se a humildade desaparecer, a construção das
virtudes desmoronará.
3º NA BONDADE DE DEUS
A
terceira forma de contemplação está em lembrar a bondade de Deus, e isto não se
resumi as bênçãos e milagres recebidos, mas simplesmente no fato do Seu grande
amor, em abrir mão do Seu único Filho, para que nós pudéssemos ter um encontro
face-a-face com Ele.
Como dizia o salmista: “Faze resplandecer o teu
rosto sobre o teu servo; salva-me por tua
bondade (salmos 31.16).
4º
NAS PROMESSAS DE DEUS
A
quarta e ultima contemplação está em esquecermos o passado.
Filipenses
3.13 “Irmãos, quanto a mim, não julgo que já o tenhas alcançado; mas uma coisa
digo, e é que, esquecendo-me das coisas que atrás ficaram, avanço para as que
estão adiante”.
Talvez
você não tenha conseguido êxito nos seus projetos; talvez porque Deus não quis,
ou porque você não usou a estratégia adequada; talvez até porque não era mesmo
para acontecer, mas independente disso, nosso coração demonstra frustração,
desanimo, e muitos dizem: "Ah, lá vem mais um ano, igual a todos os
outros”.
O
apóstolo diz: "Não julgo que já o tenhas alcançado". Quem conhece a
obra missionária do apostolo Paulo, sabe que ele foi um missionário bem
sucedido e que poderia ter dito, "alcancei meu objetivo", mas ele
estava disposto a conseguir mais.
Devemos descansar completamente na expectativa daquilo que gera paciência e reforça o braço da perseverança. E o que eu aprendo com isso é que você tem todo o direito de querer mais, de aprimorar e melhorar o que você já conseguiu, e mesmo que não tenha conseguido realizar algum objetivo no tempo em que ficara pra trás, declare como Paulo: "Não julgo ter alcançado”. Pois, o que é prometido por Deus, é eterno (1 João 2.25).
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